domingo, 19 de outubro de 2014

Violência

Violencial
A violência social e seus produtores - Desmandos relacionados

Violência Social.

Logo que começou o projeto de acabar com a violência no Rio de Janeiro, comentamos não se tratar de nada mais que uma medida desesperada, de última hora, um engodo à população, não só do Rio, mas, também à visão externa do Rio de Janeiro.

Nessa modalidade de ação, pode-se, ainda, perceber uma nuance de despiste; algo para ser visto, notado, percebido. Um anteparo visual, à real imagem da realidade social no Rio de Janeiro, resultante de política desprovida de interesse e seriedade efetiva, na qual, não prioriza-se a educação qualitativa.

O fato é que os cartões postais estão sendo impressos manchados de sangue, o que expressa descuido, com as obrigações do Estado, referentes às mínimas necessidades da população, referentes ao direito à segurança e à educação.

Desta forma, parece que a população está a esmolar pela provisão de suas necessidades essenciais, concernentes à vida com segurança e direito à sanidade mental. Entretanto, essas necessidades, não só pressupõem, mas designam a obrigação do Estado em providenciar provisão para tais necessidades; não se trata de esmola, não é favor, pela "bondade" do Estado.

O governo, foi instituído, pelo voto, para administrar e, para isso, "cobra" e a população "paga" (paga caro) por esse "serviço", um serviço, sempre feito a remendos. O que diz, o código de defesa consumidor, a respeito da cobrança sobre serviços não entregues ou não finalizados adequadamente?

Combater fogo com fogo é fato plausível, como já dissemos. Combater violência social com violência é estupidez. Porém, foi a medida mais econômica e de efeitos (localmente) mais imediatamente perceptíveis a se adotar.

A medicina, quando amputa um membro, o faz para evitar que um mal se espalhe. O contrário disto, além de estupidez é irresponsabilidade.

A deseducação, pelo desinteresse e descuido do Estado, além do conteúdo idiotizante veiculado pela mídia, conduziu às condições precárias da mente e, consequentemente, da própria personalidade humana.

Combater criminalidade, dessa forma, é incompetência ou... hipocrisia mesmo! Porém, o fato é que se existe hipocrisia, há má fé, e desse modo, comprometimento com a própria má fé.

Uma rua cheia de policiais ao tiroteio, não se trata de rua segura. Uma rua cheia de crianças, sim. Porém, o trabalho para a criminalização da criança, não cessa.

O desgoverno, não deste, mas de até este, trouxe-nos a essa condição precária, de pouca esperança e de pouca confiança, entretanto, muitos ainda confiam nos inadequados. Desse modo, a manipulação e a enganação é tudo o que podemos esperar. Enquanto isso, a violência reina absoluta, seja a oficial ou a informal.

Diplomas ou armas?

Quais os resultados mais iminentes dessa política de medir forças, pelo uso de pessoal secundariano, "aperfeiçoado" por treinamento de barracão?

Inocência ou violência?

A violência, surge embaixo, mas, é gerada em cima.

A violência atual não se faz por "falhas nas bases", como é superficialmente apregoado. Nem se pode acreditar, ser um caso de inocência, pois, isso, tornaria nossos subdesenvolvidos governantes em um quase-nada, nas mãos de seus manipuladores.

Na verdade, essa violência, vivida pela sociedade, é projetada no topo, onde o dinheiro impera; por esse motivo, a crítica não subsiste. Isso pode ser percebido, facilmente, no conteúdo cotidiano, da mídia em geral.

O poderio norte-americano, é um dos maiores geradores de morte violenta no mundo, entretanto, apesar de "surgir" embaixo, essa violência é gerada em cima, onde o poder do dinheiro impera, por este motivo subsiste, sem críticas.

Os soldados, a concretizarem a ação de violência, levam a morte, são os mensageiros, mas não a envelopam.

Assim, se houvesse "vontade", do "dinheiro", em produzir paz e tranquilidade, seria feito. Entretanto, faz-se exatamente o contrário.

Desse modo, o que é feito, é veicular mensagens de violência, em tudo o que é dedicado ao "entretenimento" e outras formas de comunicação, a repetição faz o resto.

O que pensar das "inocentes" "sapatadas" do dia-a-dia? As supostas práticas inocentes, simples e constantes, vão minando e recriando o comportamento. Inocentes, talvez sejam os apresentadores desse conteúdo: os "meninos" "soldados" imbuídos em levar a destruição.

A tv minimiza a culpa da criminalidade, pois ao noticiar um "crime de morte", se refere ao fato, como uma atitude de "crueldade e covardia". Por quê, isto se faz? Se faz, porque todos sabem que o cruel e covarde, não é, necessariamente, um criminoso.

Isto, age subliminarmente sob a percepção social, e intenta suavizar a culpa da atitude criminosa, com um tom de apenas crueldade ou covardia.

Vivemos em um país de crueldades e covardias, mas as grades, estão dentro dele, não em torno dele.

Do entrenimento à informação, nada escapa à influência distorcedora da mídia e, a televisão, independente de em qual modalidade atua, tem sido o seu braço mais destruidor.

Moeda de múltiplas faces

Dissolver a criminalidade apenas apaga as manchas nos postais, não reduz os números totais nos gráficos estatísticos de modo geral.

Vivemos sob engodo e manipulação. Toda a arrecadação do Estado pode ser gasta com policiamento, pois nenhuma alteração real será observada na criminalidade, a não ser para pior.

Quando um oficial da PM declarou à reportagem de tv que, a seu ver, a violência não havia mudado em nada, foi por isso, muito criticado pelo apresentador (desses programas escadalosos na tv ).

O oficial, provavelmente se baseou em gráficos e condições gerais. Mas, vejam, demonstrou competência, honestidade e descomprometimento e foi criticado, por quem faz pose e tem comprometimentos eleitorais.

Exemplo único e estava certo. As manchas foram movidas, mas se reagrupam, crescem e atuam em outros pontos. O oficial percebia isso com clareza, mas foi criticado por colocar moldura feia no quadro pintado com tinta barata.

Usar de violência para combater a criminalidade é como passar escova sobre sujeira, a sujeira se desloca e se aloja em outros pontos, as manchas foram movidas, mas, agora, têm novo potencial para continuarem crescendo. A sujeira estará fragmentada, mais ainda será sujeira.

Truculência, apenas resulta em intimidação, se aplica localmente, portanto se mostra como método mais fácil e, extremamente importante, consiste em uma ação visível.

Combater a criminalidade, se faz por prevenção e através de educação moralizada, idônea, de base, livre de contaminações, integradora desde a mais tenra idade.

Incoerência

Espalhar um enxame de abelhas resultará em aniquilá-lo, pois as abelhas não mais reproduzirão e acabarão por morrer.

Espalhar a bandidagem, porém, não é acabar com ela, nem chega a ser medida paliativa. É pura estultice - se não for hipocrisia - pois a criminalidade estará apenas fraguimentada, mas ainda terá a mesma dimensão; será apenas menos percebida localmente e, portanto, menos noticiada em volume conjunto. Por outro lado, equivale a plantar sementes do crime, em locais onde sua concentração é menor.

Os gráficos sobre a criminalidade, nesse caso, terão colunas menores, mas em maior número e os valores finais serão os mesmos, se o trabalho for bem feito. Tendenciosamente, os gráficos demonstrativos do grau de desmoralização do Estado, também serão menos expressivos.

Desse modo, pontos de criminalidade onde não eram vistos, passarão a existir e, quem tinha certa tranquilidade, passará a ter certeza de intranquilidade. Alguns, daqueles que não sentiram o desprazer de ter a criminalidade perto de si, serão tocados por ela.

Saiba, então, caro leitor, que o senhor, a senhora, vota. Mesmo o jovem, vota! E por que este vota? Por sua pouca visão, ela ajuda; bem, pensamos que desajuda.

Não pretendemos, expressando-nos assim, criticar ou desmotivar o jovem votante, mas, ao contrário, conscientizá-lo e estimulá-lo a abrir os olhos, mas, abrir bastante, para não ser apenas um fantoche novinho em folha!

Portanto, caro leitor, inclusive o jovem, votar consciente, certo, ou melhor, na certeza do acerto (e isto é para poucos) já consiste em um pequeno passo para a evolução real, colocando qualificação onde ela é necessária e removendo os desqualificados, aqueles que visam somente cifras monetárias.

E, veja, amanhã não seremos melhores do que somos hoje, somente porque nos movemos no tempo. Essa pode ser uma promessa intensamente apregoada, mas é só passa-tempo mesmo, nada mais. Portanto, pare no tempo e evolua na mente, não acompanhe a velocidade dos estagnados.

Quantas vezes alguém ouviu: "...você é careta..." ou "...você está parado no tempo..."? Mas, a questão é: quem está qualificado para dizer quem somos? Ou, quem pode decidir o que fazemos ou faremos? Nossos pais, talvez, pois são os únicos verdadeiramente interessados em nosso bem estar. Os demais, querem nosso dinheiro, principalmente; e, nossa amizade, nossa companhia, atenção, palavras ou, mesmo, querem ser ouvidos. Com maior ou menor grau de nobreza, querem apenas nos usar, nos consumir.

Somos seres sociais, interdependentes, assim vivemos. Nos basta medir o quanto permitimos ou desejamos ser usados nessa interrelação de dependência; quanto de alegria propiciaremos e quanto esperamos obter, mas a tristeza é certa, assim, a consciência plena é o máximo, realmente necessário, para convivermos bem. Outras pessoas não podem nos dar isto.

Medida e desmedidas

As desmedidas, já conhecemos; os responsáveis por elas, os pernas-de-pau, também sabemos como atuam. Porém, a medida, a dose correta destinada a curar o mal da violência social reinante, esta não existe em dose única, nem dedicada a um princípio.

A violência social reina, eleita por todos aqueles elementos degeneradores da pessoa humana já vistos, catalizados por crescente idiotização, resultante dos mecanismos enevoadores, o conhecido pão-e-circo, na verdade, mais circo e menos pão.

Pau que nasce torto...

Assim, a geração atual já alcançou elevado grau de distorção - não se desentorta a árvore depois de velha - e, isto se fez por deseducação, não há violência que reverta isso.

Essa, entretanto, é uma condição que agrada a muitos; o próprio Estado não se aplica em educar o povo para a qualidade, para a qualificação pessoal (não somente profissional), pois isso equivaleria a cortar as cordas dos fantoches, dar vida ao boneco de madeira, inanimado, manipulável e incapaz de adotar atitudes não direcionadas.

Irônicamente, agindo desse modo, o Estado demonstra ser, ele próprio manipulado, constituído por fantoches - bonecos inanimados - manipulados por influência da mídia, que lhes impõe, inegociavelmente, as "próprias" atitudes.

Para evitar interrogações, sobre a qualidade da educação, agita-se a bandeira da formação técnica profissionalizante, como garantia de qualificação pessoal.

Se há verdade nisso, por que os políticos, aqueles ditos "doutores" estão em seus gabinetes fazendo gestos obscenos para as câmeras? Estão, acima da qualificação técnica profissionalizante!

O legalismo retira da iniciativa privada o direito sobre a gestão da educação que aplica, mas, em oculto, é privado o poder que manipula toda a gestão, sobre todas as correntes de pensamento.

Já é notícia difundida, o fato de empresários que investiram na educação de funcionários, terem sido multados e penalizados com impostos, sobre a "agregação de valor" às pessoas educadas por eles.

O Estado não seria desmoralizado, se ao invés de punir, incentivasse a iniciativa privada na aplicação de conteúdos educacionais, objetivando preencher a lacuna deixada na formação de seus colaboradores. Desmoralizado, se apresenta o Estado, por sua atuação inercial, na educação, na valoração da sociedade.

O texto constitucional afirma ser a educação "dever do Estado", mas, na realidade, eles (o texto e o Estado) afirmam, ser a educação, "direito" do Estado. Pertence-lhe. Desse modo, pode ser controlada e manipulada ao seu arbítrio e, mesmo, moldada e dosada de acordo com a "necessidade" arbitrada.

A educação, não pode ser administrada como um medicamento tópico. É um absurdo, garantir-se o direito sobre a desqualificação.

Porém, muitos detentores de cargos eletivos consideram a má educação um problema de logística ou falta de recursos.

Não se pode confundir má educação com deseducação. A má educação, é resultado direto da deseducação e, deseducação, não é falta de educação é um formato de "educação".

A ausência do Estado, como solução de governo, apregoada por teóricos da chamada "teoria do caos", parece estar em plena atividade, já que a ação do Estado é controlada por "cordinhas", presas aos dedos subliminares da mídia.

Assim, se a democracia facilita o liberalismo e empata o crescimento pessoal e social, a ausência de idoneidade do Estado, corrompida pela política e pela ignorância, apenas facilita o caos da imoralidade pela falta de crescimento pessoal e social. Essa imoralidade engloba e facilita todas as "qualidades" da sociedade "moderna": os vícios, violência desmedida, atitude promíscua, corrupção, ou seja, o incentivo à imoralidade generalizada, pelo desrespeito incentivado à pessoa e a si mesmo.

Torna-se necessário desvincular a corrente do criminalismo, do entendimento de que se trata do descumprimento de leis. Mas trata-se de uma forma de comportamento, resultante do descumprimento de todas as leis de Deus, referentes correto proceder.

Isto resulta na forma mais "perfeita" de imoralidade, o que desvincula-se do cumprimento de qualquer outra lei.

Um exemplo grotesco de ambigüidade, no legalismo, está relacionado à lei de proteção à mulher.

Essa lei, por ser dedicada como o é, ao gênero, inicia-se discriminatória, isto em tese existencial em contradição à constituição, mas resulta em um instrumento de afetamento às uniões conjugais. Entretanto, isto não se relaciona apenas ao código legal e sua compreensão vai além dele. Há um pesado conjunto de mecanismos psicológicos, associados ao objeto da lei e podem ser usados para afetamento mental e consequente manipulação e trauma. A existência da lei, em si, já constitui um instrumento psicoativo contundente.

Após ter conseguido produzir o dispositivo legal, a mídia tem feito uso, em seus conteúdos programados, dos mecanismos psicoativos para afetamento da concórdia, nas uniões conjugais e, assim, produzido violência, traumas nas partes constituintes das famílias e resultantes rompimentos.

Esta, é uma realidade existente, em seguida vem a criminalização da criança, sendo outro método de afetamento, capaz de levar ao trauma psicológico.

Como consiste em relacionar a criança ao crime, a mídia poderá usar de conteúdos relacionados, capazes de afetar a personalidade infantil, afetando toda a existência da pessoa, até então, em formação. Desse modo, através deste mecanismo, poder-se-á afetar a pessoa antes mesmo de sua formação.

Não por outro motivo, a tv insiste tanto, na produção de leis que levem a criança à perda de sua condição de inimputável criminalmente, pois, desse modo, poderá produzir, ainda mais, criminosos infantis, por procedimentos subliminares dedicados.

Portanto, a moralidade deveria suplantar a lei e ser o princípio de seu projeto, por ser adivinda dos mandamentos de Deus. Mas as leis facilitam a atuação da mídia na destruição conjugal, na criminalização infantil, além da facilitação dos vícios, promiscuidade, jogos de azar e criminalidade de modo geral.

Tudo isso, pode ser e é usado, para afetar e degenerar a pessoa humana, resultando no caos social, mais que iminente, presentemente atuante.

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